Uma república que acolhe pessoas LGBT vítimas de violência

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Por AE Brasil el 03 de November de 2022 a las 20:49 HS
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O Brasil é o país mais violento para pessoas LGBT no mundo! A gente responde, sozinho, por mais da metade dos assassinatos de pessoas trans em todo o planeta. A cada 25 horas, alguém vai morrer por não ser heterossexual. 

Somos mais violentos que alguns países da África e do Oriente Médio, onde, muitas vezes, há pena de morte para quem é LGBT. 

Por isso é tão reconfortante ver iniciativas que visam proteger essas pessoas da violência extrema. 

Uma delas é a Casa1, em São Paulo. Organizada pelo jornalista Iran Giusti, de 27 anos, o refúgio se transformou em centro de acolhida e espaço cultural de LGBTs que sofreram violência, foram expulsos de casa e não têm onde morar.

O que antes era um ponto de venda de drogas, hoje se transformou num refúgio seguro. A Casa1, que fica na região central da cidade, exibe um colorido forte e tem capacidade para abrigar até oito pessoas. Também conta com espaço para exposições e cursos.

O projeto só saiu do papel com ajuda coletiva. Numa vaquinha on-line, Iran e o namorado conseguiram arrecadar R$ 112 mil – que está sendo usado para cobrir despesas com aluguel e alimentação. 

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É um projeto pequeno, mas muito significativo. No começo, sem apoio oficial, Iran fez o que pôde para concretizar a ideia. Ele publicou um anúncio na internet e recebeu um retorno maior do que imaginava. 

Assim, a Casa1 foi tomando forma e saindo do papel. Durante o processo, Iran foi aconselhado por grandes organizações a atrelar o projeto a políticas públicas – que ainda não existem. 

"Se eles esperam há 30 anos por coisas como essa, eu não vou esperar. Estamos colocando a mão na massa e se tá com medo vai com medo mesmo, porque as pessoas enquanto isso estão sofrendo, estão apanhando, estão morrendo", conclui.

Achou bacana? Então acompanhe o projeto

 

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Fonte:  BBC | Imagens: Facebook/Casa1/Reprodução