Uma em cada 3 pessoas está desnutrida (e não é só por falta de comida!)

Uma em cada três pessoas no mundo sofre de desnutrição, e nosso conceito sobre um corpo bem/mal nutrido precisa mudar.

Isso é o que indica o Relatório Global de Nutrição 2016 divulgado no mês de junho. O levantamento aponta que 44% dos 129 dos países analisados enfrentam níveis muito severos de subnutrição e obesidade.

Sim, nós passamos por uma crise de desnutrição, porém ela não é associada somente à falta de alimentos, mas também ao excesso e à má qualidade deles. Ou seja, enquanto em muitos países muita gente passa fome, em outros, um número quase equivalente sofre com o sobrepeso por causa de uma alimentação rica em açúcar, sal e gorduras.

Problema de saúde pública

Desta maneira, a desnutrição no nosso mundo atual está assumindo uma forma diferente. Ela se manifesta também pelo sobrepeso - quando as necessidades nutricionais do indivíduo não são atendidas. Isso vai refletir tanto em problemas de crescimento, como no diabetes ou doenças do coração e, consequentemente, na saúde pública.

“Uma em cada três pessoas sofre de desnutrição”, afirmou Lawrence Haddad, copresidente do grupo responsável pelo estudo e investigador associado ao International Food Policy Research Institute.

Crianças

O relatório também apontou que o número de crianças com menos de cinco anos com sobrepeso se aproxima da quantidade das raquíticas. 

No Brasil, um estudo do ano passado conduzido pelo IBGE, identificou que quase 60% dos brasileiros estavam com sobrepeso. 

Evoluções

De acordo com o relatório global, somente China, Vietnã e Coreia do Sul não apresentaram problemas sérios em relação à desnutrição. Nepal, Jamaica, Nauru, Coreia do Norte e Israel mostraram evolução em alguns dos aspectos do relatório e receberam elogios.

Os pesquisadores pediram uma ação mais efetiva do poder público e mais investimentos na luta contra a desnutrição.  O Programa Mundial de Alimentos (PMA), da Organização das Nações Unidas (ONU), tem como meta erradicar a fome no mundo até 2030.




Fonte: Veja.com

Imagem: Anna Hoychuk/Shutterstock.com